Desculpa

Te olho nos olhos
E você reclama que eu te olho muito profundamente
Desculpa,
Tudo que vivi foi profundamente.
Eu te ensinei quem sou

E você foi me tirando os espaços entre os abraços,
Guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre, não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim,
Como se houvesse a possibilidade de eu me inventar de novo.
Desculpa, desculpa se te olho profundamente, rente à pele
A ponto de ver seus ancestrais nos seus traços,
A ponto de ver a estrada muito antes dos teus passos.
Eu não vou separar as minhas vitórias dos meus fracassos
Eu não vou renunciar a mim; nenhuma parte,
Nenhum pedaço do meu ser vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer te olhando profundamente!"

Maria Quitéria

2 comentários:

Martim disse...

muito bom o texto, escreves o k sentes com palavras simples...fantastico..continua:)
abracos

Anónimo disse...

Ao tempo que te vinha comentar e nao deixavas comentar....


Hj finalmente posso te dizer parabens por continuares a escrever tao lindamente...

Sinto-te um pouco afastado do teu blog pode ser apenas impressao...

Gosto de lerte por aki...

beijinhos